Grupo teria ‘'recrutado'’ rapaz para depredar na manifestação
18/06/2014 20:49
Em depoimento à polícia, mãe de jovem contou que, para fazer parte de movimento, ele teria que depredar
JOSÉ VÍTOR CAMILO
Durante os depoimentos para investigar os responsáveis pelo vandalismo no protesto da última quinta-feira, dia 12, no Departamento de Trânsito (Detran-MG), a mãe de um rapaz revelou à Polícia Civil que o filho teria que promover quebradeira em Belo Horizonte para fazer parte de um grupo que o recrutou. O Detran fica na avenida João Pinheiro, na região central da capital.
A corporação não deu detalhes desse grupo para não atrapalhar as investigações, mas ele seria composto por pessoas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Goiás. O jovem que prestou depoimento completou 18 anos nessa terça e já havia sido apreendido por vandalismo havia alguns meses. Segundo a delegada Gislaine de Oliveira Rios, que integra a força-tarefa que acompanha o caso, a mãe dele demonstrou insatisfação com esse comportamento.
Por meio do telefone 181, do Disque Denúncia Unificado (DDU), a Polícia Civil recebeu informações sobre o endereço de outro suspeito de envolvimento na quebradeira do Detran. “É muito importante que as pessoas utilizem o 181 para fazer denúncias. Garantimos sigilo absoluto da identidade de quem nos fornece esse tipo de informação, que é de fundamental importância para o nosso trabalho investigativo”, afirmou a delegada.
Na última sexta-feira, a Justiça expediu mandados de prisão para quatro pessoas que estariam envolvidas na depredação de uma viatura da Polícia Civil na porta do Detran-MG. Entretanto, ainda no mesmo dia, a Defensoria Pública entrou com um recurso, e o juiz plantonista revogou o pedido para três deles.
Outros suspeitos de cometer depredações pela cidade também são alvo da equipe de investigadores.
Desdobramento. Nessa terça, foram enviados à Justiça os pedidos de mandado de prisão de um homem e uma mulher que se envolveram, segundo a Polícia Civil, em depredações de patrimônios público e privado no centro da capital, durante as manifestações dos últimos dias.
A delegada Gislaine afirmou ter colhido elementos suficientes para justificar a representação pela prisão preventiva do casal. Ela informou que os envolvidos agiram na companhia de dois adolescentes. “O grupo usou um machado e um skate para atacar o comércio e um ônibus, na praça Raul Soares e na avenida Amazonas. Eles portavam uma máscara contra gás lacrimogêneo. Já ouvimos comerciantes e outras testemunhas que os reconheceram”, disse.
O TEMPO